O ar se torna mais úmido, uma brisa leve passa a balançar as folhas pigmentadas de verde. O sol se esconde, não sei se por medo ou respeito, talvez seja por obrigação. A terra começa a exalar um aroma abafado e por muitas vezes carregado, impregnado de uma temperatura elevada. A primeira gota se arrisca a desbravar o espaço entre as nuvens e a terra, e cai, sem medo do fim. E ao atingir o solo mergulha em meio aos grãos de areia seca. Aos poucos ela é acompanhada por milhares, milhões ou quem sabe o triplo disso tudo, de pequenas gotas límpidas, reluzentes, transparentes, gotas do líquido vital.
O batalhão agora foi formado, a terra agora se afoga. Clarões, trovões, brisa, vento, ventania. Tudo que marca e embarca nesse milagre que gera vida, frio, nascentes, rios. E que quando feroz pode gerar medo, lágrimas e calafrios.
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