Mais uma vez me surpreende o destino...
Balões soltos ao vento.
Deixados a mercê das correntes de ar
Vagueiam sem saber aonde chegar.
E mais uma vez me surpreende o destino
Com as palavras que adormecem ao relento.
Acham-se no dever de adormecer.
Em cicatrizes não tão profundas como de outrora
Eu vejo a dor emergir e depois sossegar.
O espelho a refletir nos meus olhos as lágrimas de redenção.
Choro que antecede a alegria.
Fúria e depois calmaria.
Outra vez me surpreende o destino.
Com as músicas no meu rádio.
Desabafos, ritmos, melodias cantadas.
Musicas que não são minhas, mas que acabam por se tornar
Ao descrever com tamanha perfeição meu interior.
Não são minhas, mas que acabam por se tornar
Ao me tocar de tal maneira a ponto de fazer meu peito desaguar em lágrimas.
E de novo sou surpreendido pelo destino.
Quando meus planos caem por terra.
Quando tenho que sonhar outros sonhos.
Quando volto a chorar por outros motivos parecidos.
Quando tenho que recomeçar a sorrir.
Porque teima em me surpreender o destino.
*Imagem retirada da internet