Bato a porta,
Fecho minha saída,
Fria, insípida, trepida.
Acho que devo ficar.
Abro a janela,
Revelo minha passagem,
Límpida, resplandecida, convidativa.
Acho que devo sair.
Não acho mais nada.
Onde pus meu rumo?
Embaixo do tapete?
Sobre a estante?
Ah! Longe daqui.
Aqui? Ali? Dizem-me as vozes:
Procure no seu olhar.
E onde ele está?
Aqui. Ali. Em qualquer lugar.
Basta apenas procurar.
Procuro e encontro,
Perco e reencontro.
As vozes me revelam:
Olhe no espelho.
As vozes, o que são elas?
Minha loucura, minha sanidade?
Nada disso. Elas são resquícios de sabedoria.
As vozes me devolvem os pensamentos,
Minha sabedoria, meu movimento.
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