Segurando a tristeza
Da estúpida vontade de ter ver.
Não me acho mais no direito de tomar teu tempo.
Nem no direito de tentar.
Escondendo meu rosto
Por entre frases germinadas
Nas entranhas da alma.
Consome-me a vontade de voltar o tempo
E sermos aqueles amantes fiéis,
Eufóricos com o novo sentimento.
Uma respiração presa,
Refém de tudo que foi forte e ainda resiste.
Ontem foi sentimento.
Hoje, apenas um momento.
E amanhã...
Deixo o amanhã me surpreender.
Coisa que ele sabe fazer muito bem.
O amanhã... Ah! O amanhã.
Como eu queria saber
E ter certeza do que pretendes ser.
Mas deixo-o me surpreender.
E a passos lentos vou
Libertando a tristeza.
Mostrando meu rosto.
E respirando novamente.
* Imagem por Uanderson Andrade
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