Parece que foi ontem que te peguei em meus braços. Tão pequeno e tão frágil. Menino com uma missão indiscutivelmente essencial a vida. E hoje olhar você feito homem, com joelhos calejados, ferido pelos homens que tanto amas. Meu peito dói, sinto meu coração quebrar. Essa dor quase insuportável. Ver seu único filho ser torturado dessa forma.
Quando os chicotes te maltrataram, senti meu coração receber todos os golpes, quando uma coroa de espinhos rasgou sua fronte, a minha também sangrou. E em cada queda tua a minha vontade era de te acalentar em meus braços como fazia quando você era apenas um menino. Meus olhos ao encontrarem os seus falaram mais que palavras, ditaram todo meu amor por ti.
Agora vendo seu sofrimento nessa cruz, meu filho, carne da minha carne, queria eu tomar suas dores. No momento que morrestes queria morrer contigo. E quando uma lança atravessou seu peito o meu coração foi impiedosamente transpassado por uma dor cruel. Hoje te tenho em meus braços, ferido, maltratado e sem o sopro da vida. Beijar-te a fronte foi a maneira de dizer o quanto te amo e o quanto creio em Deus para ter você de volta. Meu filho, meu amado filho. Sangue do meu sangue.
*imagem do filme A Paixão de Cristo
*imagem do filme A Paixão de Cristo
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