Eu vi o pássaro de fogo ardente.
Incandescente como uma fogueira,
Branda com a lareira de um chalé.
Dizer que o vi pode soar como uma mentira,
Mas seu canto abrasador
Fez subir um arrepio na espinha.
O pássaro emitiu um grito
Caiu da alta colina com uma estrela cadente
E de encontro ao chão ele foi.
E outro grito ecoou de suas cordas vocais.
Um grito de dor incurada.
Diante dos meus olhos lá estava ele
Gigante em seu esplendor,
Porém, minúsculo diante da dor que o tragava.
As chamas foram se apagando
Seus olhos se fechando
Até que das labaredas restaram
Apenas pequeninas chamas
Quais velas singelas.
Depois menos ainda, bem menos...
Até restar puras cinzas.
E dos meus olhos nada mais que lágrimas,
Lamúrias, saudade.
Sair dali era o melhor a se fazer.
Mas ao virar as costas seu canto se fez ouvir novamente.
E das cinzas desbotadas lá estava,
Levantando-se novamente,
A imponente Fênix...
Virtuosa Felicidade.
*Imagem apanhada da internet
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