Pode até não parecer,
pois não deixo transparecer.
Às vezes danço.
Faço meus passos
ensaiados.
Outrora, deixo fluir.
Abraço meus sonhos
alados
Que ao voarem ganham
distância.
Então, eu choro.
Desabo quando percebo
que...
Quando percebo que
esqueci o que devia perceber.
E meus sentimentos
ficam numa confusão só.
Como água numa
chaleira a ferver.
Às vezes eu canto...
Ou grito.
Espanta a tristeza.
E tudo fica branco,
alvo, claro.
Mas escurece.
Então, a saudade
chora.
Pode até não parecer.
Na noite cálida
Um sopro de força
enche-me o peito.
Vejo uma sombra
próxima.
Enxugo as lágrimas e
sinto um sorriso.
Um dragão de
respiração quente acorda.
E mesmo longe dos
meus sonhos
Com o abismo da
saudade cortando meu caminho,
Busco refúgio na sombra
da minha coragem.
Esta tem forma, cor e
sombra.
Até pareço criança
por acreditar em dragões.
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